Direitos de crianças e dos adolescentes e Psicologia

Direito à sexualidade
Abusar sexualmente de uma criança ou de um adolescente, além de crime, é ferir a integridade dessa pessoa. O adulto abusador usa de poder sobre a criança e o adolescente. Para ele, a criança e o adolescente não são sujeitos. São objetos para sua satisfação sexual.

A RESPONSABILIDADE NÃO É DE QUEM SOFRE O ABUSO
O problema está no abusador, que também precisa ser ajudado.

Nos casos de abuso sexual, a intervenção psicológica é necessária e deve ser feita com muita delicadeza para com a criança ou o adolescente. Cabe ao profi ssional de psicologia mobilizar os meios para tirar a menina ou menino da situação de abuso e, ao mesmo tempo, protegê-los de situações e abordagens que possam humilhá-los ou constrangê-los.

A intimidade da criança e do adolescente deve ser preservada ao máximo.

É claro que o psicólogo não pode sozinho ajudar meninas e meninos em situação de abuso. Ele contará com os saberes dos familiares, da assistente social, do médico, do advogado. Os educadores são parceiros particularmente importantes, uma vez que podem observar mudanças de comportamento nas crianças e adolescentes que sofrem abusos. Muitas vezes, são eles os primeiros a alertar as famílias.

Em casos de abuso sexual, familiares e amigos da criança ou adolescente devem ser orientados em como agir diante do problema causado pelo adulto abusador.

Ao saber de um caso de abuso, disque 100 ou denuncie no Conselho Tutelar mais próximo de você.

Outro caso que merece todo respeito e delicadeza é a orientação sexual do adolescente. Como disse alguém muito sábio:
?Tem gente que gosta de arroz com feijão, tem gente que gosta de arroz com arroz?.

Ter desejo sexual por pessoa do mesmo sexo NÃO É DOENÇA. NÃO É SEM-VERGONHICE. É APENAS DESEJO.

Garotas e garotos têm direito a DECIDIR por quem seu coração bate.
Direito a uma vida

A violência dentro do lar é um fenômeno mundial. Ela é fruto de um conjunto de situações: a cultura machista, a injustiça social, a tensão entre gerações, a difi culdade das relações, entre muitas outras. Mas, como bem diz o ditado, a corda arrebenta do lado mais fraco.

Também quando ocorre violência contra a mulher, os filhos ressentem. Existe uma frase muito apropriada que diz: onde tem violência todo mundo sofre.

Crianças e adolescentes obrigados a conviver com adultos violentos desenvolvem sentimentos de culpa, medo, insegurança. Desenvolvem comportamento agressivo, isolamento social, crenças negativas acerca de si mesmos.
Os profissionais de psicologia estão preparados para trabalhar com mediação de conflitos, para ajudar as pessoas a se ajudarem.
Direito a não ser humilhado

Algumas crianças e adolescentes têm sido vítimas de um tipo de assédio escolar. O nome dele é bullying.

A criança ou adolescente ? tímido, gordinho, menina com jeitinho masculino, menino com jeitinho feminino, com a língua presa etc. ? passam a ser perseguidos por um ou mais colegas. Podem sofrer humilhações ou mesmo agressões físicas.

O bullying é uma violência difícil de ser vista. Uma vez que a criança ou o adolescente sentem vergonha ou medo de denunciar seus agressores, geralmente criança ou adolescente como eles.

Pais e professores, próximos da criança ou do adolescente vítima do bullying, precisam ficar atentos ao problema e discutir maneiras de deter essa violência.

A mediação do psicólogo é de extrema ajuda para a criança ou o adolescente que sofrem o bullying e para a criança ou o adolescente que o pratica.
Direito a sair das drogas

As drogas são uma realidade para algumas crianças e muitos adolescentes.

Para quem as usa, no começo, parecem divertidas e prazerosas.

Com o passar do tempo, aparece o sofrimento decorrente do uso indevido.

A sociedade divide as drogas em legais e ilegais, mas todas são nocivas para pessoas de qualquer idade. Mas as drogas são particularmente NOCIVAS para crianças e adolescentes, pois eles estão em fase especial de desenvolvimento.

As drogas ilegais trazem um pacote de problemas com os traficantes e com a polícia. Além de envolverem toda a família nas preocupações.
Os profissionais de psicologia, ao lado de outros profissionais e dos familiares, podem ajudar o usuário de álcool e outras drogas a lidar com o problema, na medida em que ele tome as rédeas da própria história.
Direito a uma nova chance

Pessoas maiores de doze anos e menores de dezoito são responsabilizadas ao cometerem atos infracionais. Em outras palavras, são responsabilizadas quando se envolvem (ou são envolvidas) em transgressão social-legal e outros delitos.

Os adolescentes autores de ato infracional terão que cumprir medidas socioeducativas. Elas variam de acordo com a gravidade do ato infracional e de outros fatores. Vai da advertência até a privação da liberdade em estabelecimentos socioeducativos.

As medidas socioeducativas têm como objetivo responsabilizar o adolescente pelo ato cometido e, ao mesmo tempo, educá-lo para compreender e respeitar as regras sociais.

Em que os profissionais de psicologia podem ajudar?

Ajudar a ver esse adolescente na totalidade e não apenas como infrator.

Ajudar as pessoas que estão ligadas afetivamente ao adolescente a pensar ESTRATÉGIAS de diminuição de conflitos e aumento da qualidade de convivência.

Ajudar a ver a floresta além da árvore.
Direito a participar

Guardadas as diferenças de idade, crianças e adolescentes têm o direito de participar de decisões que afetam suas vidas.

Eles são corresponsáveis.

São sujeitos de direitos.

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